27 - O "Fenômeno Droga" -
27 - The "Drug Phenomenon" -

27 - O "Fenômeno Droga" -
27A- O imediatismo é uma das características de nossa sociedade atual, e é o principal responsável pela maioria dos nossos erros, pois nos acostumamos a prezar o prazer imediato em detrimento da construção do Correto, que quase sempre é muito mais trabalhoso. Este fenômeno está presente também na Saúde, onde preferimos (o plural refere-se à média do comportamento de todos) não sentir a dor, a febre, o edema (inchaço), ou ver a vermelhidão, a permitir um processo correto de cura, pois estes fenômenos inflamatórios são de cura. Assim impedimos a reparação correta dos tecidos de nosso Organismo, preferindo a paliação dos sintomas para o prazer momentâneo, imediato. É o que ocorre com o uso de drogas ilegais ou legais que fornecem um prazer rápido, mas privam o usuário da construção de uma Vida verdadeira, e o deixam na dependência constante de refazer aquele prazer momentâneo, artificial. Isto é o “Fenômeno droga”.
27B- O Vitalismo ensina por compreensão a respeitar com carinho todos os processos inflamatórios de nosso corpo como sendo necessários a um Bom e Correto funcionamento e manutenção do equilíbrio do mesmo (ou Saúde). Precisamos construir a nossa Vida com dedicação, trabalho e mesmo sofrimento em prol de conquistas palpáveis e duradouras que nos acompanharão no tempo, e o mesmo vale para nossa Saúde quando compreendemos e aceitamos os processos inflamatórios em prol de uma boa exoneração (limpeza), correção e reequilíbrio do Organismo. Quando uma parte de nosso corpo é agredida ela dói para reconhecermos a agressão e nos afastarmos dela, incha para imobilizar o local e com isto facilitar a reparação, fica vermelha indicando um maior afluxo sanguíneo, fica quente pelo maior metabolismo local, indicando a retirada dos tecidos danificados, e substituição por novos para manutenção da função.
27C- O uso de antiinflamatórios, analgésicos, antitérmicos e outras drogas que bloqueiam a dor, vermelhidão, edema, febre, ou seja, bloqueia as inflamações, apenas paralisa o Processo de Cura e a Reparação do Organismo, beneficiando as “doenças” e prejudicando o corpo, mas trazendo o prazer imediato de não sentirmos o tão necessário processo, e o mesmo ocorre com as drogas psicotrópicas, sejam legais ou ilegais, que nos aliviam do “sofrimento” emocional, da raiva, da preocupação, da angustia, da ânsia, que são inflamações psíquicas, e logo são curativas, e mantêm, ou pioram os problemas que aguardam solução. É importante que percamos o medo dos processos inflamatórios, e comecemos a vê-los como um pequeno incômodo necessário a manutenção do bom funcionamento de nosso organismo. Existem raras exceções em que devemos interferir racionalmente na Saúde, compreendendo que ela é instintiva, e assim não sabe diferenciar algumas modificações ambientais que hoje somos capazes de fazer com nosso conhecimento científico, como por exemplo, o uso de antibióticos e/ou antiinflamatórios em ferimentos graves para os quais nossa Natureza não está preparada para responder regenerativamente, e que por isto faz o choque toxêmico, que é o Organismo praticando sua eutanásia (boa morte) quando se “acha” irrecuperável, e por isto segue a eliminação rápida, Natural do indivíduo, com o intuito de preservar o grupo, e outras situações bem específicas, outras exceções que sempre devem ser analisadas Racionalmente.
27D- Por fim, “Droga” não é um termo pejorativo (palavrão), mas sim um termo científico, e se analisarmos o seu sentido a fundo, poderemos concluir que droga é toda interferência externa à nossa Natureza, como por exemplo aquelas “substancias” que encontramos em uma drogaria, e que por si só Não são “Más”, nem “Boas” , pois são apenas ferramentas que podem ser usadas de modo equivocado, como o é na maioria (esmagadora) das vezes, mas que também se tornam “boas” ferramentas quando usadas Racionalmente. A droga substitui uma função Natural orgânica existente ou inexistente, por tempo determinado ou indeterminado, e nos casos em que esta substituição não é constante, geralmente não representa um problema, mas se a substituição se cronifica instala-se então o “Fenômeno droga” propriamente dito, sendo uma exceção a isto a substituição de uma função Natural não existente, como por exemplo, uma prótese dentária, ou que substitua um membro perdido. Assim a droga pode ser de uso temporário para uma função existente, o que não é obrigatoriamente ruim, de uso temporário para uma função inexistente, o que também não é problema se usada com racionalidade, de uso constante para uma função existente, o que caracteriza o “Fenômeno droga”, ou de uso constante para uma função inexistente, o que eventualmente pode ser até indispensável. II